sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

STAR WARS EPISODE 3


The Revenge of the Sith

Fazer uma apreciação deste filme sem referir os anteriores é uma tarefa impossível. O terceiro capítulo da prequela galáctica de George Lucas é provavelmente o melhor dos três, e aquele que mais se aproxima do espírito mágico que a trilogia inicial (Episódios IV, V e VI) nos tinha deixado. Enquanto que nesses episódios, a história centrava-se na figura de Luke Skywalker e na Rebelião que tentava derrubar o Império, os Episódios I, II e III dão-nos a conhecer a história de Anakin, pai de Luke, e de como este se tornou na personagem mítica Darth Vader. O lado político também está presente na forma como a República deu lugar ao Império.
Ao contrário do que muitos poderão pensar, esta saga não é apenas mais um espectáculo de efeitos especiais, mas sim uma história que celebra o amor. O relato da vida de um homem que amou demais, e que para salvar a sua amada desgraçou toda uma galáxia. Uma história que nos pode fazer lembrar a de D. Pedro que se tornou cruel depois da perda de D. Inês. Se por um lado foi o amor que empurrou Anakin para o Lado Negro, também foi o amor que o fez redimir-se no final do Episódio VI. Neste Revenge of the Sith não falta nada: desde os momentos de humor, o drama, os duelos de sabre de luz que nos fizeram sonhar anos a fio (o duelo final entre Anakin e Obi-Wan é genial).
Hayden Christensen é perfeito no papel de Skywalker. O seu olhar amargurado reflecte os sentimentos da personagem que tudo faz para salvar a sua mulher Amídala. George Lucas acertou em cheio ao apostar neste actor; para Hayden o desafio era enorme pois não poderia defraudar as expectativas dos milhões de fãs, uma vez que encarna aquele que é para muitos o vilão mais adorado do cinema. Os restantes actores estão à altura das personagens, com especial destaque para Natalie Portman e Ian McDiarmid nos papéis de Amídala e do Imperador.
A banda-sonora, como é habitual, está ao encardo de um senhor nesta matéria, John Williams. Habituado a trabalhar com os gigantes de Hollywood como Steven Spielberg, e com uma colecção de Óscares e outros prémios já arrecadados, Williams criou verdadeiras peças épicas, seja na altura de maior drama, seja nas grandes cenas de acção.
Encontrar pontos negativos numa saga que se adora é difícil. Naturalmente que o filme os tem, mas não serão muito importantes uma vez que todo o resto nos faz esquecer. Um filme para fechar com chave de ouro a maior saga do cinema popular que se iniciou há trinta anos.

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