INDY 4

Cheguei agora a casa depois de ir ver o novo Indiana Jones, e venho com um sorriso na cara. Poderá não ser melhor que nenhum dos três filmes anteriores, mas é melhor que qualquer filme que se diz de aventuras. Venham lá Tesouros com Nicolas Cage ou Tomb Raiders, etc e tal, que Indy ainda dá lições, mesmo que a idade não lhe perdoe. Este Indiana tem tudo o que os outros tinham: muita aventura, acção, enigmas, fantasia, comédia... Enfim, tudo quilo que se espera num filme do personagem. Ouvi e li comentários de pessoas desiludidas com o filme, porque este tinha muitas cenas impossíveis, além de extra-terrestres... Para esses eu lembro que nos filmes anteriores, o que não faltou foram cenas assim. Era insuflável a cair de um avião, era um vilão que arrancava corações, combates em linhas férreas, fonte da eternidade... Em relação aos extra-terrestres, pois o filme passa-se na década de 50, e os vilões já não poderiam ser propriamente os Nazi ou assim. O que estava na moda era os alien, ou esquecem-se da polémica de Roswell e da Area 51? Pois, sendo assim o tema será coerente à época em que se passa.

E depois há umas piscadelas aos filmes anteriores. A Arca Perdida lá tem o seu cameo, a cobra do costume, Marion está de volta...

Mutt Williams (Shia Laboeuf) fez-me lembrar um T-Bird saído de Grease, sempre com o seu pente - o puto tem futuro.

Cate Blanchett consegue aqui aquela que é para mim a sua melhor prestação num filme, mesmo com os Oscar e outros prémios que já ganhou.

É assim, eu nunca tinha visto nenhum filme da saga no cinema, mas só o facto de poder ouvir numa sala de cinema o tema criado por John Williams vale bem o bilhete. Quem como eu cresceu a ver na tv estes filmes , assim como por exemplo Star Wars ou Rocky (sem nunca os ter visto no cinema) vale bem a pena que se tenham lembrado de voltar a pegar nos personagens e bandas-sonora míticas para as poder apreciar onde deve ser, ou seja numa sala de cinema. Aqui os temas que fizeram história fazem acelerar qualquer coração mais nostálgico.

É como disse no início: não é melhor que qualquer um dos três anteriores (a fasquia está creio que insuperável), mas não deixa de ser muito bom. No final é que Spielberg se entusiasmou e exagerou um pouco, mas com tudo o que se tinha passado anteriormente, está perdoado.

Em suma, é um Spielberg old-school, para ensinar a esses realizadores da nova geração como se faz um filme que é puro entretenimento.

PS: a sala estava cheia, e sem os putos do costume que só incomodam, mas como conseguiu um homem ressonar uma sessão inteira sem acordar, nem nas cenas mais agitadas?

NOTA: 4/5